Resenha - As crianças esquecidas de Hitler.
- Babi Lacerda
- 7 de mar. de 2019
- 2 min de leitura

Boa tarde esquineiros e esquineiras do meu coração! Em parceria com o IG @mamaetalendo, hoje trago essa resenha incrível!
Sinopse da Editora: As garras do nazismo foram tão profundas, amplas e duradouras que ainda hoje nos surpreendemos com detalhes dos seus horrores. O programa Lebensborn, criado por Heinrich Himmler, foi responsável pelo rapto de nada menos que meio milhão de crianças por toda a Europa. Esperava-se que, depois de passar por um processo de “germanização”, elas se tornassem a geração seguinte da “raça superior” ariana. Foi assim que Erika Matko tornou-se Ingrid von Oelhafen. Com um texto que remete aos bons livros de suspense, acompanhamos Ingrid desvendando seu passado – e toda a dimensão monstruosa do programa Lebensborn e sua consequência na vida de tantos inocentes. Embora os nazistas tenham destruído muitos registros, Ingrid descobriu documentos raros sobre o programa, incluindo depoimentos do julgamento de Nuremberg.
Resenha: Começo essa resenha com o seguinte questionamento: Você já parou para pensar sobre as suas raízes? “O desenraizamento é, sem comparação, a doença mais perigosa à qual está exposta a sociedade humana. Ter raízes, talvez seja a necessidade mais importante e menos reconhecida da alma humana. ” Ingrid Von Oelhafen
A história é narrada por Ingrid e conta toda sua trajetória em busca de suas raízes. Após 50 anos, ela descobre que é uma das filhas de Lebensborn e é nesse momento, que se inicia uma busca longa e dolorosa, atrás de sua verdadeira identidade. Ingrid nasceu em 1941, na metade da 2ª Guerra mundial e viveu sob a sombra da Guerra Fria. É doloroso saber o quanto milhares de crianças sofreram tão precocemente, assim como Ingrid.
O livro é denso, rico em informações sobre esse período caótico e extremamente triste, é comum durante e leitura, você ficar completamente transtornada (o) com as atrocidades e fica quase que inconcebível imaginar que há pessoas tão monstruosas assim. Como que um ser humano se julga apto ou melhor que outro, a ponto de decidir quem vive e quem morre, seja, bebês, crianças ou adultos?
A trajetória de Ingrid é sofrida e conforme suas pesquisas vão avançando, fica bem claro o quanto as descobertas e frustrações mexem inclusive com seu psicológico. Sofri junto com ela, no momento em que ela descobre que é uma criança Lebensborn, instituto criado pelo Himmler, o segundo homem mais poderoso da Alemanhã, fundador da SS também, outra ramificação do Nazismo. Lebensborn era um criadouro de Hitler, mulheres eram acolhidas para que pudessem trazer crianças “puro sangue” ao mundo e para que mães e filhos, fossem doutrinados. Os estupros eram recorrentes, pois os soldados da SS que ainda não tinha sua prole, tinham obrigação de povoar a Alemanha. Fora isso, o instituo também cuidava das crianças que eram fruto da germanização, ou seja, crianças estrangeiras de “raça pura” que eram roubadas de suas famílias e entregues a famílias alemãs. Imagina você descobrir que é fruto de algo assim? É um livro para ler com calma, mas vale muito à pena!
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